Com teus gestos de menino,
Gracejos de homem
esquecido,
E uma voz muito bem
colocada,
Alcanças o íntimo de
minha alma.
O véu é branco, velho e tão
fino.
Rasga fácil e revela meu
olhar dolorido.
Não resisto, deixo-me ser
encontrada.
Permanece em segredo
aquilo que falta.
– Repousa teu olhar em
mim
E descansa do peso de
teus dias.
Na minha ausência há algo
que fica,
E se aninha ao todo de
teu ser.
Em cada beco, um
palavrório sem fim
Que rouba e assalta todos
os dias.
Só o silêncio me prepara
e fortifica
Para o dia de te ver – o
dia de morrer.
Por vezes a ausência nos é tão presente, não é, Gabriela? Um paradoxo melancólico, e bonito nos poemas. (O seu poema ficou lindo.)
ResponderExcluirUm abraço,
Larissa
As moscas na janela