Olá! Hoje vim mostrar como estão os meus estudos da língua japonesa durante a quarentena. Estou conseguindo dedicar mais tempo ao japonês e fazer, ao longo do dia, atividades que desenvolvem habilidades específicas. Enquanto estava tendo aula na faculdade, meus horários eram muito corridos e a maior parte do meu dia era dentro de algum transporte público. Nesses momentos eu aproveitava para escutar algum podcast em japonês, mas é claro que isso não tem o mesmo valor de passar uma hora lendo textos, aprendendo palavras novas e praticando as estruturas gramaticais.
Neste caderno eu estudo as estruturas gramaticais. Sempre procuro anotar a maior quantidade possível de frases que utilizem a expressão que estou estudando. Estudando japonês percebi que, por mais que eu saiba o significado dos termos numa sentença, preciso copiar a tradução porque as partículas podem alterar totalmente o significado da frase. Mas, mesmo assim, me esforço para evitar as traduções.
Gosto muito de estudar usando textos, porque, além de praticar a leitura, consigo aprender alguma coisa interessante sobre a cultura japonesa. Tirei esse texto de um blog que acompanho; ele é escrito por uma japonesa que mora na Austrália. Nesse texto, ela comenta sobre um termo utilizado no Japão para designar pessoas que, após voltarem do exterior, ficam com um comportamento diferente. Nunca tinha ouvido falar nisso e foi muito interessante conhecer essa realidade no Japão.
Para estudar textos em japonês, eu escolho canetas de cores diferentes para marcar termos, kanjis e expressões que não conheço. Para os kanjis e leituras de palavras, eu uso a caneta vermelha; para estruturas gramaticais, a azul claro; e para o vocabulário, a verde claro. Depois, nos cantos superiores e inferiores da página, escrevo frases que utilizavam tanto o vocabulário como as expressões gramaticais que não conhecia. Isso é muito útil para fazer uma revisão posteriormente, além de facilitar a memorização. Encontro essa frases neste dicionário online - Jisho.
Como pretendo prestar a prova de proficiência, comecei a fazer exercícios de interpretação de texto. Encontrei o PDF de um livro de preparação para o nível N3 e fiquei muito feliz! O livro segue um cronograma de cinco semanas e são três exercícios por dia. Em cada página você tem um quadro com termos novos e é muito bom para depois estudar isoladamente cada um.
Por fim, essa é a capa do meu bullet jornal! Decidi começar um bullet jornal, porque sempre gostei de fazer colagens e é uma boa forma de relaxar. Na página do lado esquerdo, coloquei dois santos que gosto muito: São Maximiliano Kolbe e Santa Teresinha do Menino Jesus. Esses dois santos também estão muito presentes na minha caminhada estudando japonês.
São Maximiliano Kolbe foi missionário no Japão, mas, durante o período da 2ª Guerra Mundial, acabou num campo de concentração (era polônes e sacerdote católico). Lá ele ofereceu sua vida por um dos detentos que iria para o bunker da morte. É uma história belíssima! Já Santa Teresinha é uma grande doutora da Igreja. Foi uma religiosa carmelita e, apesar de ter vivido em clausura, é considerada a padroeira das missões.
Também escrevi um versículo da Bíblia em japonês. Foi o primeiro que aprendi e acabou se tornando um dos meus favoritos (João 14, 27). Já do lado direito coloquei o logo da prova de proficiência e, logo abaixo, uma fotografia do Monte Fuji com as árvores de cerejeira, que são muito populares no Japão.
Apesar de não ter nenhuma utilidade prática, fazer essa página no bullet journal me ajudou a ficar mais motivada para estudar. Consigo visualizar com clareza meu objetivo e onde ele se sustenta.
Você é inspiradora, Gabriela!
ResponderExcluirSabe, o que acho mais bonito no estudo de línguas é isso de que a língua é mais do que comunicação; é toda uma forma de pensamento. Daí as palavras "intraduzíveis", né...
Um abraço enorme para você!
Bonjour, miss Gabriela. Ça va?
ResponderExcluirMais um post inspirador em seu cantinho. Eu adoro conhecer novos métodos de estudos, principalmente no que se refere ao aprendizado de novos idiomas, porque mais do que uma nova língua, nós também aprendemos uma nova cultura, uma nova História e uma nova rotina durante esse processo.
Obrigada pelo post de hoje! Beijos açucarados e au revoir