Cai gota por gota – perfeita calmaria!
Sobre a terra que cobre o marido, a viúva
Chora lágrima por lágrima. Ave Maria!
Arfa de dor e amor: velha, curvada e magra.
Silenciosamente aperta as mãos em prece,
Sua alma relutante à Virgem consagra.
Mesmo se confessar aos outros pudesse
Que palavras cumpririam fiel serviço
De emoldurar uma vida inteira de amor?
Além da Morte, que poeta poderia
Ter nas mãos tão incompreensível artifício
Capaz de salvar do último beijo o ardor
Como quem sabe que o primeiro
esqueceria?
Gabriela Miranda.
Acho tão bonita a conquista de se escrever uma poesia. Espero, um dia, escrever poemas tão bons quanto os seus, miss Gabriela. Por enquanto, entrego-me à prosa, minha eterna amiga.
ResponderExcluirBeijos açucarados e au revoir
Muito obrigada, querida!
ExcluirQue profundo! A morte e o amor são temas difíceis de escrever. Os dois juntos, então, nem se fala!
ResponderExcluirParabéns Gabriela.
https://latibuloinefavel.blogspot.com/
Com carinho,
Maju
É verdade hahaha mas eles estão mais unidos do que se imagina!
ExcluirObrigada!
Abraços.